Bolsonaro  reduzirá  a  pó  pesquisas  educacionais  em áreas de ‘humanidades’ 

Declaração do 'Grego', provável ministro da Educação do novo governo, é uma afronta a educadores, pesquisadores e profissionais da área de 'humanas' em todo o país. Um escabroso ataque à comunidade científica e à teoria do conhecimento...

No Esquerda Diário

Stravos Xanthopolos(foto, à direita), um dos nomes suscitados para o Ministério da Educação do governo Bolsonaro, participou em setembro último(AQUI) de evento organizdo pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior(ABMES), oportunidade em que apresentou propostas de cortes no financiamento de pesquisa para o Brasil. Entre as várias sugestões, que incluem o ensino fundamental à distância(AQUI), uma de suas teses é diminuir drasticamente o investimento de pesquisa em áreas como a de 'humanidades'. 'Grego', como é chamado, acentuou,   no  ataque às Ciências Humanas,  que  várias  pesquisas na área  não  têm   qualquer  significância para o desenvolvimento científico do país em termos de valor  agregado.  |||  “Não posso ter mil pesquisas numa área que teoricamente não tem significância nenhuma para o desenvolvimento científico do país em termos de valor intelectual agregado destinado ai trazer elementos econômicos e puxar cadeias produtivas,  com praticamente zero ou pouquíssima coisa nessa área. Tem que ter equilíbrio”, afirmou.   |||   A proposta de Xanthopolos visa a subestimar as 'Humanas' e o conhecimento científico no país. Desde 2014, ainda no governo Dilma, as universidades vêm sofrendo  cortes orçamentários e a pesquisa passou a ser uma das mais afetadas. Com o governo Temer, tais cortes se aprofundaram, e agora Bolsonaro sequenciará a ofensiva, como se depreende,  em maior escala. Com essa visão distorcida de Educação, perdem a Ciência, os educadores, os pesquisadores e a sociedade como um todo.   |||   A supressão de pesquisas nas áreas de História, Ciências Sociais, Direito, Pedagogia, Filosofia, entre outras, escancara o projeto de país idealizado pelo grupo do ex-capitão do Exército, em que cada vez mais se pensa 'menos' sobre os recorrentes entraves sociais limitadores de nosso desenvolvimento. Trata-se de umprojeto de Educação voltado prioritariamente para o  'mercado', em prejuízo do conhecimento científico que ajuda a compreender questões de fundo da multifacetada sociedade brasileira.