COMEÇA A TRANSPOSIÇÃO
DOS VOTOS DE LULA PARA HADDAD
No BRASIL/247
O diretor-geral do Datafolha,
Mauro Paulino, e o diretor de pesquisas Alessandro Janoni assinam um artigo em
que resumem a última pesquisa publicada pelo Instituto. A primeira percepção é
a de que o 'episódio de Juiz de Fora' não alterou o quadro eleitoral em
absolutamente nada. A segunda é que Haddad
vai tomando o lugar de Lula no imaginário e que sua performance
tende a recebe as atenções do eleitor que deixará a mais caudalosa candidatura
até aqui. Em suma, começou uma inédita transposição de votos na cena eleitoral
do país. ||| No artigo
publicado no jornal Folha de S. Paulo, os diretores do Datafolha destacam
de maneira preliminar que "são tantos os
fatores com potencial de impacto sobre os resultados divulgados nesta
segunda (10) pelo Datafolha, que as mudanças verificadas no quadro eleitoral
podem parecer até modestas." ||| E realçam o fenômeno Lula-Haddad como uma
tendência, a partir da pesquisa espontânea: " (...) nessa situação, menções a Lula despencaram 11 pontos,
citações a Bolsonaro subiram cinco, Ciro Gomes também melhorou seu desempenho e
Fernando Haddad, que deve assumir o lugar do petista, aparece pela primeira
vez, com 4%." ||| Eles ainda sublinham que, na pesquisa
estimulada, o crescimento que mais chama a atenção é o de Haddad: " (...) empatado com o ex-governador já aparece Fernando Haddad,
alavancado por seu principal cabo eleitoral na propaganda no rádio e na TV. A
maioria dos brasileiros diz ter assistido ao horário gratuito, pouco mais de um
terço diz votar em candidato apoiado por Lula e a taxa de conhecimento sobre o
ex-prefeito de São Paulo cresceu seis pontos." ||| E
concluem, mais uma vez, destacando o 'efeito-Haddad': "numericamente à
frente do paulista, mas estatisticamente empatados, Marina Silva (Rede) sucumbe
ao conhecimento crescente de Haddad e ao bom desempenho de Ciro Gomes (PDT) na
TV."
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