Os ‘cabos judiciais’ e a sórdida campanha encampada pela mídia golpista
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
O Estadão mancheteia acusações velhas contra Fernando Haddad. É a mobilização da nova versão dos velhos ‘cabos eleitorais’, agora
judiciais. O MP “move uma ação” contra ele, embora não se diga em que Haddad teria
beneficiado uma empreiteira para receber dela o benefício de lhe pagarem
gráficas de campanha, se ele próprio, na Prefeitura, afastou a empresa de
contratos públicos firmados pelo antecessor, Gilberto Kassab, para construção
de um túnel denominado “Roberto Marinho”. ||| O tema é do ano passado, mas foi devidamente “ressuscitado”, por razões
óbvias e nenhuma prova, senão delações de um sujeito – Ricardo Pessoa, da UTC
– posto a mofar na cadeia de Moro até dizer o que queriam ouvir. Do resto, encarrega-se a mídia, como você vê no espaço dado na capa do
Estão à denúncia, formal e tempestiva, do caso envolvendo Roberto Jefferson,
aliado de primeiríssima linha de Geraldo Alckmin. ||| É evidente que muita coisa prosperará no Judiciário, que em boa parte
virou uma máquina partidária, tanto quanto na mídia. Que tem como candidato um personagem que não podia ser mais distante do
respeito ao Estado de Direito e às leis. Que promete balas a granel e recomenda às crianças que aprendam a
atirar. E que se presta a campanhas ridículas como esta de criminalizar os tais
“influenciadores digitais” com base numa denúncia onde sequer se fala em
dinheiro para promover candidaturas. ||| Quem andava de robôs, fake news e armações
digitais – e às centenas – era o outro lado, mas aqueles, claro, eram só “no
amor”. Não creia, por um minuto, que se trata das funções constitucionais do
MP. É campanha, pra valer, com o uso, esta sim, de “influenciadores
judiciais”, estes, sim, pagos – e regiamente – com dinheiro público.
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