DATAFOLHA COLOCA LULA AINDA MAIS
LÍDER: 39%
No BRASIL/247
A maior pesquisa Datafolha realizada
até agora, com 8.433 entrevistados, nos dias 20 e 21 de agosto, amplia ainda
mais a liderança do ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso
político para não disputar as eleições. Ele tem 39% das intenções de voto,
vinte pontos acima de Jair Bolsonaro, que aparece com 19%. O levantamento
mostra ainda a fragilidade de todas as candidaturas associadas ao golpe de
2016, como a de Geraldo Alckmin, que tem apenas 6%. |||
Uma decisão recente do Comitê de Direitos Humanos da ONU garante os
direitos políticos da Lula, mas setores do Judiciário dão sinais de que
pretendem desafiar as Nações Unidos, colocando o Brasil à margem do sistema
internacional. ||| Publicada no jornal Folha de S. Paulo,
a pesquisa é uma das mais completas feitas até aqui, com cenários nacionais e
regionais. A pesquisa destaca que o terceiro lugar das intenções de voto a
presidente está embolado: empatados estão Marina Silva (Rede, com
8%), Geraldo Alckmin (PSDB, 6%) e Ciro Gomes (PDT,
5%). ||| O
instituto afirma que sem Lula, Marina e Ciro dobram suas intenções de voto,
ficando atrás de Bolsonaro (22%), com 16% e 10%, respectivamente. Alckmin
também sobe, mas para apenas 9%, empatando na margem com Ciro. Com Lula na
disputa, brancos e nulos somam 11%, com 3% de indecisos. Sem Lula, os índices
sobem respectivamente para 22% e 6%. ||| Um dado
importante, mas insuficiente do ponto de vista da metodologia do instituto é a
percepção de Fernando Haddad no cenário como um todo. Haddad, 'vice' de Lula,
pode herdar a candidatura caso o TSE afronte a decisão da ONU em determinar o
direito de Lula ser candidato à presidência. ||| Para o
Datafolha, a simulação com o nome de Haddad apresenta 4%, mas sem o nome
associado a Lula. Ao mesmo tempo, o instituto diz que, no momento, 31% dos
eleitores votariam em um candidato escolhido por Lula – o que daria a Haddad alto
potencial eleitoral. ||| O Datafolha reconhece que
Haddad tem um potencial considerável: não é conhecido por 27% dos eleitores,
contra 59% que já ouviram falar do ex-prefeito paulistano. Em comparação, Lula
é conhecido de 99% dos ouvidos, Marina, por 93% e Alckmin, por 88%. Assim,
Haddad registra baixíssima rejeição: 21%.
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