Lula ganhou debate na Band(Miriam Leitão, 'urubóloga' da Globo)
Na análise que faz do debate da última quinta-feira-9, entre os candidatos a Presidente, Miriam Leitão, em sua coluna d'O Globo, neste sábado-11( imagina-se com que dor no coração), admite que “Lula venceu o debate(AQUI) por uma espécie de W.O. às avessas“, por não ter sido apontado como responsável pelas desgraças em que vive o país. ||| Faltou chamar, diretamente, de incompetentes os outros candidatos, o que se explica, talvez, pela crista lhe andar baixa depois do vexame a que foi submetida por seus patrões ao ler, repetindo o que lhe ditavam ao ouvido via “ponto” eletrônico, sobre as relações entre a Globo e a ditadura, após a entrevista de Jair Bolsonaro. "Fechado numa cela em Curitiba, mantido pelo PT como o candidato ficcional, [Lula] não teve seu legado atacado...." ||| Como disse José Serra em 2010: que bobagem, Miriam! Certamente acostumados às conversas em salões de restaurantes e salas de embarque de aeroportos, onde Lula é considerado algo como um demônio, D. Miriam e seus auxiliares, julgando-se mais inteligentes que todos ali, não conseguem entender o óbvio: não citaram Lula porque a única forma de “matá-lo”, politicamente, é o silêncio. ||| Evocar Lula, fora daqueles ambientes de classe média insuflada de ódio, é evocar a lembrança da população de que este pode ser um país menos injusto e mais próspero, exatamente o contrário do que a ele fizeram rezando pela cartilha dos “Cabos Daciolo do Mercado”, que proclama que a salvação virá da livre iniciativa, apenas. ||| Como são “candidatos de faz-de-conta”, que só têm alguma chance eleitoral com a exclusão de Lula da disputa, o lógico e o natural é que esmerem-se em fazer de conta que Lula não existe. Não é por outra razão que Lula teve de dar uma clarinada, lá de Curitiba, para que Haddad e Manuela D’Avila se exponham mais. Quer e precisa frustrar o plano de excluí-lo da polêmica pelo silêncio, pelo isolamento na Sibéria de Curitiba. ||| Os altos estrategistas da direita brasileira sabem disso, mas têm dificuldade em conter o ódio e o ressentimento com que seus porta-vozes crocitam e que os tornam obtusos ao ponto de reconhecer-lhe apenas um mérito, o de “não destruir, no primeiro mandato, a herança que recebeu” de Fernando Henrique Cardoso. E, ao contrário do que fizeram os microcandidatos no debate, não entendem que, para o sistema, eles são a mais perfeita tradução do que disse Fernando Henrique Cardoso: “é o que temos”. ||| Depois D. Miriam não reclame se, de novo, forem lhe dizer o que falar pelo ponto eletrônico....
Nenhum comentário:
Postar um comentário