Manuela
d’Ávila (PcdoB), ‘vice’ de Lula(ou Haddad)
PT e PC do B marcharão juntos nas eleições. As direções dos dois
partidos chegaram a um acordo às 23h30 desse domingo, dia 5. Manuela D'Ávila
será a candidata a vice-presidente na coligação. O PT sai neste momento com a
chapa Lula-Haddad, mas o compromisso é que ela será indicada ‘vice’ de
Lula, se a candidatura do ex-presidente for deferida, ou de Fernando Haddad, em caso de
eventual impugnação do nome do
líder petista. Com isso, o PT terá o apoio do PCdoB, do PROS, do PCO, da
maioria do PSB e de setores progressistas do MDB e outros partidos.
Fernando Haddad, 'plano B ' do Partido dos Trabalhadores |
O acordo foi fechado em São Paulo,
em reunião de que participaram as presidentas do PT e do PC do B, Gleisi
Hoffmann e Luciana Santos. Também no encontro, o próprio Fernando Haddad, o senador Lindbergh
Farias (RJ), o deputado Paulo Teixeira (SP), o ex-deputado Márcio Macedo (SE) e
o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza pelo PT. Pelo PC do B, seu
ex-presidente Renato Rabelo e mais o deputado federal Orlando Silva, além de
Walter Sorrentino, vice-presidente do partido.
Depois da reunião, a Comissão Política Nacional do PCdoB reuniu-se e
aprovou os termos do acordo, com a presença de Manuela D'Ávila em
videoconferência, direto Rio Grande do Sul. A seguir, os dirigentes comunistas
foram à sede do PT em São Paulo, para o anúncio formal da coligação.
Em oito meses a pré-campanha de Manuela d’Ávila alcançou
expressivo sucesso e se firmou como uma candidata ao Planalto reconhecida por
suas bandeiras em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento, dos
direitos trabalhistas, em defesa da candidatura e liberdade do ex-presidente
Lula, em defesa da unidade, do feminismo e da democracia.
Em curto espaço de tempo, sob circunstâncias políticas
turbulentas, com pouquíssimos recursos, combinando a pré-campanha com o mandato
de deputada estadual no Rio Grande do Sul, sem contar (também o PCdoB) com
experiência nesse tipo de disputa majoritária nacional própria, ainda assim, a
candidatura de Manu cresceu, convenceu, conquistou respeito político e se
tornou relevante no cenário eleitoral, onde se apresentam quadros com amplo experiência
de eleições anteriores", salientou Nádia Campeão, ex-vice-prefeita
paulistana no mandato de Fernando Haddad e coordenadora da pré-campanha comunista.
A pré-candidatura de Manuela projetou seu partido,
dando visibilidade às propostas e ao perfil da candidata. "De modo que a
pré-candidatura da Manuela tem sido o elemento novo dos mais significativos
deste processo eleitoral’.
Esse resultado positivo, segundo Nádia, é fruto do
perfil diferenciado de Manuela que, de forma competente, soube conjugar o
conteúdo programático do PCdoB com questões novas e atuais, além de sua presença
ativa nas redes e uma reconhecida capacidade de comunicação com as bases populares
Manuela manteve um ritmo intenso de atividades com
viagens, entrevistas, participação em encontros e debates em cidades de vários
estados. A agenda ainda incluiu as atividades parlamentares de rotina, já que
Manuela é deputada estadual no Rio Grande do Sul.
Ela ainda realizou três viagens internacionais para discutir
a situação brasileira: Sevilha, Lisboa (PCP e Fundação Saramago), Uruguai
(Frente Ampla) e Argentina (convidada pela ex-presidenta e atual senadora Cristina Kirchner
e a organização ‘mães da Praça de Maio’).
Manuela concedeu 89 entrevistas, 23 das quais a veículos de repercussão
nacional e internacional, além dezenas de coletivas a rádios regionais, TVs
locais e blogs progressistas.
Nas redes sociais, Manuela está entre os três pré-candidatos
mais bem colocados, sem robôs, sem ‘fake news’, com alta taxa de interação.
Entre Facebook, Twitter e Instagram, Manuela tem mais de 1 milhão e duzentos
mil seguidores. Só no Facebook foram mais de 4 milhões de engajamentos.
Manu agregou, para o PCdoB e o processo eleitoral,
grande capital político e capacidade de influenciar e se comunicar, contribuindo
decisivamente para consolidar, país afora e no exterior, a força das mulheres, da juventude, da
esquerda e do próprio campo progressista contra o golpe, em defesa de Lula
e da retomada do Estado democrático de Direito.
Nas reviravoltas do conturbado momento político, em
meio à crise institucional, uma saída pertinente com candidaturas à esquerda, catalizadoras
da luta contra a crescente onda fascista em curso no país.
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