terça-feira, 29 de janeiro de 2019


As  prisões (espetaculosas)

da Vale e as perguntas ainda

sem resposta



FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

Dois engenheiros – Makoto Namba e André Yum Yassuda – da empresa alemã Tüv Süd e três funcionários da Vale estão presos desde a manhã de hoje.  Corretíssimo se há indícios de  crime  na elaboração dos laudos que atestavam a segurança da barragem rompida em Sobradinho.   |||   Nada retira a responsabilidade pessoal de quem atesta algo.  Mas, neste caso, é preciso haver indicações de que os laudos foram comprados ou elaborados com negligência ou má fé. E nada sobre isso veio à tona, até agora.   |||   A não ser por algo muito grosseiro nos papéis do estudo, o tempo parece muito curto para concluir-se que houve desídia técnica.  E, se houve corrupção, claro está que não foram “bagrinhos” da mineradora que a autorizaram nem a pagaram.  Tudo tem cheiro de espetáculo do tipo “acabamos com a impunidade”.   |||   É preciso esperar para ver e que sejam esclarecidos os elementos que levaram às prisões, porque não há motivo algum para que sejam mantidos em sigilo.  É evidente que ninguém pode ficar impune se elaborar laudos de resultados encomendados ou falsificá-los para “não perder o cliente”.   |||   Mas essas prisões, até agora, têm cara de “condução coercitiva”(do tipo 'Lava Jato').

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