Moro, Bolsonaro e amigos no ex-'Aero Lula', atual 'Aero Bozo' |
A edição de 2018 do Índice de Percepção da Corrupção, em que o Brasil manteve a queda na avaliação (35 pontos em 100) e no ranking (105º entre 180 nações), é uma derrota de Sergio Moro. Quase dez anos após o início da 'Lava Jato', o protagonista da operação virou ministro de um governo coalhado de ladrões e o Brasil segue mais corrupto que nunca — e quebrado. ||| Moro meteu-se agora numa fria ao aceitar, de olho numa vaga para o STF, fazer parte da festa indigesta da maneira que conhecemos — pondo em cana o favorito das pesquisas. O empresário Ricardo Semler cantou a bola num artigo em 2014. “Nunca se roubou tão pouco”, escreveu, quando alardeavam que viraríamos a Dinamarca. “Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia.” ||| O índice brasileiro foi o pior desde 2012, quando começou a vigorar a atual metodologia do estudo. Estamos empatados com Argélia, Armênia, Costa do Marfim, Egito, El Salvador, Peru, Timor Leste e Zâmbia. A supracitada Dinamarca, para variar, ficou em primeiro lugar. Ouvido pelo repórter Fausto Macedo, do Estadão, que lhe escreveu uma carta de fã(AQUI) no início do ano, o ex-juiz vendeu o peixe de que “o governo federal precisa liderar o processo de mudança contra a corrupção e por maior integridade na vida pública.” ||| Segundo Sérgio Moro, “em fevereiro será apresentado ao Congresso um projeto de lei anticrime, com foco em medidas contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Se aprovado o projeto, além do impacto real na vida das pessoas, também mudará a percepção do mundo em relação à corrupção no Brasil”. ||| Em Davos, Moro defendeu uma solução inspirada no Uber. “Eu estava pensando em algo similar. Você ter talvez uma plataforma digital em que corporações vão para essa plataforma e dizem ‘estamos disponíveis para cooperação na aplicação da lei em todo o mundo’, não necessariamente você precisa de uma cooperação pelo nosso governo”, disse, em inglês. Blablablá. Na verdade, ele não sabe para onde correr (Coaf, coaf). ||| O objetivo da 'Lava Jato' era exterminar Lula e o PT da vida pública, não a roubalheira. Estão aí Queiroz e os milicianos ligados aos Bolsonaros como resultado. O resto é conversa pra boi dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário