Enquanto estudava no Rio, Flávio Bolsonaro tinha cargo no gabinete do pai em
Brasília, sem trabalhar
No JORNAL/GGN
Quando ainda era um estudante de Direito no Rio de Janeiro, no início dos anos 2000, Flávio Bolsonaro desafiava a física. Ele precisava comparecer diariamente à Faculdade e, por duas vezes na semana, era também estagiário "assíduo" da Defensoria Pública do Rio. Ao mesmo tempo, tinha um cargo de "assessor técnico" em Brasília, que fica a uma distância de mais de mil quilômetros do Rio, ou a uma hora e meia de voo. ||| A 'assessoria' na Câmara era para o PPB, antigo partido de Jair Bolsonaro. O mesmo cargo que Flávio ganhou em 2000 fora ocupado antes, aliás, pela ex-mulher Rogéria, do hoje presidente da República. ||| Flávio não costuma expor em seus currículos que tinha cargo em Brasília enquanto morava, estudava e estagiava no Rio. Mas, segundo revelou a BBC/Brasil nessa quarta(23), a 'assessoria' é uma informação que consta em sua declaração de renda de 2001. >> "Como assistente técnico de gabinete, Flávio recebeu R$ 56.548,63 em 2001 pelos 12 meses de trabalho naquele ano, segundo sua declaração do Imposto de Renda entregue à Justiça Eleitoral em 2002. De acordo com a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o montante totaliza R$ 162.132,81 em valores atuais, ou R$ 13,5 mil por mês", apurou a BBC. ||| Procurada, a Câmara dos Deputados explicou que o cargo de Flávio, à época, já exigia presença física. Entre as suas atribuições, acompanhar audiências e sessões da Casa, fazer relatórios, auxiliar parlamentares a escrever proposituras e votos, entre outras. ||| A faculdade de Direito na Universidade Cândido Mendes e o estágio na Defensoria Pública do Rio de Janeiro também exigiam a presença de Flávio. Na Defensoria, ele não recebia nenhum tipo de pagamento ou bolsa de estudo, não tinha controle de frequência e seu tutor, que não quis se identificar, disse que o estágio era "voluntário" e que o então estudante era "assíduo e interessado". Outros dois estudantes confirmaram a versão do defensor público. ||| Segundo a BBC, Flávio conciliou, de 2003 a 2005, a faculdade e a atividade parlamentar na Alerj, pois foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002, pelo PPB. "Em discurso na Casa em 2008 contra a obrigatoriedade do exame da OAB, o então deputado estadual afirmou: 'Fiquei cinco anos estudando na faculdade de direito da Candido Mendes, aqui, no centro da cidade, dentre esses cinco anos, dois dedicados à prática forense, mais algumas centenas de horas de atividades extracurriculares, muito sacrifício, muita dedicação'." |||
Leia a reportagem completa, da BBC/Brasil, AQUI
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