terça-feira, 29 de janeiro de 2019


Onde está a intervenção
militar em Brumadinho?
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO  
Chama a atenção nas imagens onipresentes da cobertura da mídia sobre o desastre de Brumadinho o fato de quase não aparecerem mas atividades de resgate militares do Exército Brasileiro.  Os helicópteros que vi trabalhando no resgate eram quase  todos dos bombeiros e alguns aparentemente civis.  A contrário a toda hora, vem-se falando dos 130 militares israelenses que  voaram para apoiar as buscas.  |||   No site do Exército, 72 horas após o rompimento da barragem, nenhum comunicado oficial sobre a mobilização, apenas 'links' para jornais que noticiam uma nota oficial  divulgada sexta-feira que fala no emprego de um helicóptero Jaguar e diz que estão “na situação de “prontidão para emprego imediato” 930 militares.  Muito, muito menos do que se empregou na intervenção em operações de segurança pública ou dos 3 mil que usou para cercar a comunidade da Mangueira, em 2017.   |||   E não estamos falando numa área remota: o local do acidente fica a apenas 60 km de Belo Horizonte, que tem toda a infraestrutura para receber um deslocamento de tropas e equipamentos.  Divulgada  cinco horas depois do acidente, a nota falava que o helicóptero – e dois outros da FAB e da Marinha iriam pousar no aeroporto de Confins para também “dar apoio ao transporte do presidente da República, Jair Bolsonaro, na manhã do sábado (26)”.   |||   A ação imediata, ainda mais onde o socorro, como acontece agora, pode ter de ser suspenso por riscos de novos rompimentos ou mesmo por mau tempo, é essencial.  Já que se fala tanto em “intervenção militar”, seria uma oportuna ocasião de vermos isso acontecer em Brumadinho.  Capacidade os militares têm. O que falta para o Exército(e a FAB)?

PS. Às 17 horas desse último domingo(27), dois helicópteros do Exército deram o ar da graça em Brumadinho. Um pousou na lama e depois decolou, o outro passou a grande altitude.

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