Flávio Bolsonaro, ‘gênio’ com imóveis, muito mais que o Queiroz com
carros usados
No VIOMUNDO
O amigo Fabrício Queiroz, faz-tudo, movimentou R$ 7 milhões em sua conta bancária durante três anos e ainda pediu dinheiro emprestado ao chefe, Jair — ao que se saiba, ao menos R$ 40 mil, que pagou de volta não diretamente ao chefe, mas à esposa dele. ||| Walderice Santos da Conceição, a 'Wal do Açaí', foi desde 2003 funcionária do gabinete de Jair, em Brasília, recebia salário bruto [atualizado] de R$ 1.351,46 morando em Mambucaba, distrito de Angra dos Reis. “O crime dela foi dar água pro cachorro”, respondeu Jair — na verdade, a lei permite que ela preste serviços parlamentares à distância, mas dar água pro cachorro não parece se enquadrar nisso. O marido de Wal, este sim, seria o caseiro de Jair em Angra, segundo vizinhos. ||| Nathalia Queiroz, filha de Fabrício, é outro 'fenômeno': em 2011, acumulou no Rio de Janeiro um emprego de recepcionista, as aulas na faculdade e um cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, sob Flávio Bolsonaro, primeiro no departamento de taquigrafia e depois como assessora direta, respectivamente com salários de R$ 2.950,66 e R$ 9.835,63 mensais. ||| Em dezembro de 2016, Nathalia se tornou assessora parlamentar de Jair Bolsonaro em Brasília, em cargos distintos, com salários distintos, o maior deles de R$ 11.287,98 por mês. Ao todo, ganhou R$ 246,5 mil em dinheiro público. O gabinete confirmou que ela trabalhou integralmente as 40 horas semanais, supostamente no Rio de Janeiro, o que é permitido — por ser a base eleitoral do deputado. ||| Porém, no Rio, há registros dela prestando serviços de personal trainer no que deveria ser horário de expediente — um aliado de Jair Bolsonaro saiu em defesa de Nathalia dizendo que ela poderia ter cumprido as oito horas de assessora do deputado federal “de madrugada”. ||| Finalmente, Flávio é outro fenômeno dos negócios, talvez superior a Fabrício Queiroz — que diz ter feito dinheiro com a venda de automóveis. Ganhando R$ 25,3 mil mensais [salário atualizado de deputado estadual], Flávio fez grandes negócios imobiliários. ||| Um levantamento do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo mostrou que a família Bolsonaro enriqueceu na política, acumulando 13 imóveis avaliados em R$ 15 milhões em bairros nobres do Rio — Copacabana e Barra da Tijuca, entre outros. ||| São negócios sui generis. Flávio, por exemplo, em vez de receber uma transferência ou um cheque de R$ 96 mil num negócio imobiliário, explicou à TV Record neste domingo que preferiu 48 depósitos, de R$ 2 mil cada, em cinco dias não subsequentes. ||| De acordo com o Jornal Nacional, que teve acesso ao relatório do COAF: 9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07; 15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h; 27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24; 28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56; 13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos. Quanto ao R$ 1.016.839,00 que pagou através da Caixa Econômica Federal, ainda sem destino definido, Flávio disse tratar-se da compra de outro imóvel — valor que ele poderia ter juntado em apenas 40 meses de mandato, ou 3 anos e 4 meses, se não tivesse absolutamente nenhum outro gasto. ||| Mas a Folha de S. Paulo foi aos cartórios do Rio de Janeiro e agora diz que, num período de apenas três anos, Flávio comprou dois imóveis de luxo no Rio por R$ 4,2 milhões — isso daria, ao valor de hoje do salário de deputado estadual, apenas 11 anos e 6 meses de economia total! Como Flávio exerceu o cargo de deputado estadual durante 16 anos, com salários anteriormente bem menores, o agora senador é realmente um fenômeno e merecia o cargo de Paulo Guedes como 'czar' da economia. ||| A casa dos Bolsonaro ele já arrumou. Literalmente.
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