sábado, 19 de janeiro de 2019


O mundo nem aí para

Bolsonaro  em  Davos


FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO


Bolsonaro parte domingo para Davos, na Suíça, para permanecer quatro dias nos Alpes.  Tirando a fuga do verão brasileiro, ao que parece, o principal benefício do ex-capitão será o de escapar, por uns dias, do calor político que vê se acender à sua volta, com o excesso de escândalos e a falta de projetos.   |||   Nunca antes na história do Fórum da globalização a frequência foi tão apequenada. Emanuel Macron(França) e Ângela Merkel(Alemanha), vizinhos, não vão. Donald Trump('guru' de Jair) não apenas deixará de ir como acaba de cancelar(AQUI) até mesmo a presença de uma delegação dos EUA.   |||   Davos será, portanto, um convescote sem qualquer importância. Nem mesmo para tirar a tão sonhada foto com Trump.  O que talvez o livre do mico de  – ao contrário de Lula, saudado por Barack Obama com um “this is the guy”("esse é o cara') – ser recebido pelo “laranjão” com um “who is this guy?”("quem é esse cara?").   |||   O esvaziamento de Davos, aliás, é um boa razão para terem concedido a Jair Bolsonaro o discurso de abertura, com duração estimada entre 30 e 45 minutos.  Como não se sabe se ele já está à vontade com o teleprompter que, segundo Ancelmo Góes(AQUI), n'O Globo, está usando desde terça-feira, é de duvidar que, não sendo o ex-capitão tão cheio de mãos como a deusa Shiva, haverá mão para garatujar o que vai falar.   |||   Ah, sim!  Como prêmio de consolação por ter deixado descer abaixo por sua goela o decreto das armas, Sérgio Moro também ganhou o direito de ver a neve em Davos.  Vai ser o “novo Brasil(?) falando para o mundo”.  E, claro, o mundo nem aí, nem ali…

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